sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Como podemos definir "Terceira Idade?"
Nunca, em nenhuma outra época como a atual, enfatizou-se tanto a importância que essa fase da vida representa não só para a própria pessoa como principalmente para toda uma sociedade que, até há pouco tempo, e ainda para muitos, representava o fim de qualquer possibilidade de crescimento, seja no âmbito pessoal, afetivo ou mesmo profissional.
Ledo engano. A própria sociedade vem mudando seu conceito, pois está percebendo, por meio de trabalhos específicos voltados para a Terceira Idade, o quanto essa fase tem a nos ensinar, principalmente de que o fim da vida pode e deve ser prorrogado e que se entregar é coisa de velho.
A minha experiência profissional em terapia de grupo com Terceira Idade me mostrou exemplos de pessoas que apresentam uma energia de fazer inveja, energia essa que pode ser produzida pela vontade de viver intensamente, descobrir novos horizontes, fazer novas amizades e, por que não, encontrar um novo companheiro ou uma nova companheira; pessoas com suas experiências de vida, na sua maioria com muitas dificuldades, todos em busca de crescimento pessoal, profissional e psicológico: para algumas pessoas a palavra velhice era ignorada, outras queriam aprender a ignorar, pois queriam viver.
O próprio dito popular diz que "a velhice está dentro de nós, na nossa cabeça", ou seja, não é porque o nosso corpo físico está sentindo os sinais do tempo que devemos alimentar nossas mentes da mesma forma, pois se assim fizermos, estaremos atraindo cada vez mais doenças físicas e psicológicas comuns nessa faixa etária, como depressão, osteoporose entre outras.
Devemos perceber que, como disse anteriormente, pessoas na Terceira Idade estão nos dando exemplo visível de que é possível, continuar trabalhando, pois a aposentadoria não significa incapacidade ou impotência para exercer alguma atividade, e que, se não é mais possível passar o cartão para trabalhar na empresa ou escritório, é possível, sim, exercer trabalhos voluntários, artísticos ou até mesmo montar o próprio negócio, não importando a idade.
A Terceira Idade ainda vem nos mostrando que é possível manter a vida afetiva e sexual ativa e com prazer, enfatizando a qualidade na relação, o amor e o respeito entre o casal e a troca de carícias por meio do contato físico. A atenção de um para com o outro torna-se cada vez melhor, com mais freqüência e intensidade.
No campo esportivo vem ocorrendo um aumento considerável de pessoas praticando e se destacando nas atividades e competições esportivas, em especial na natação e maratona. Outras áreas apresentam aumento considerável de procura e resultados positivos.
Vale destacar ainda que, mesmo com toda dificuldade financeira que enfrentam, está havendo um crescimento cada vez maior de cursos por meio das Universidades para a Terceira Idade, a preços acessíveis e, em conseqüência desse aumento, esse público está procurando estudar e se atualizar. Existem também diversos centros de referência ao idoso com os mais variados cursos e atividades.
Bem, como podemos ver, existe uma variedade muito grande de lugares e atividades que permitem à Terceira Idade buscar crescimento pessoal, social e psicológico, cada vez maior e melhor.
Então vamos mudar nossos conceitos: troquemos o termo velhice por Terceira Idade ou por maturidade ou por Melhor Idade que, num contexto mais amplo, é a soma de experiências que a vida proporcionou e que permitem às pessoas viverem a sua plenitude com dignidade e serem cada vez mais uma Nova Pessoa na Melhor Idade.
Nelson Raspes, Psicólogo Clínico do CTBM
A saúde mental no atendimento ao idoso
A sociedade humana vivencia, com intensidade crescente e velocidade cada vez maior, um alongamento no binômio encurtamento da infância e alongamento da adolescência, de um lado, e o aumento do número de pessoas com 65 anos ou mais, por outro. Esse "alongamento" poderá se beneficiar das mudanças na concepção da saúde. Ao que era tido como ausência de enfermidade, deficiência ou invalidez, somam-se estado de completo bem-estar físico, mental e social (OMS – 1948) e que não foi emendado desde então. A saúde passou a ser vista como um estado positivo que pode ser promovido, buscado, cultivado e aperfeiçoado.
O envelhecimento da população, mais evidente nas regiões altamente industrializadas e ricas, cria complexos problemas sociais, econômicos e médicos, forçando o serviço de saúde e de bem-estar social a aumentar seu alcance para dirigir atenção a problemas relacionados, de alguma forma, com a velhice.
Entre eles os transtornos mentais são dos mais importantes, pois a probabilidade de se desenvolverem aumenta grandemente depois da meia-idade e, como conseqüência, a porcentagem de internações formada por pessoas com mais de 65

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